Lembranças com doçuras e muito afeto
Em tempos que a modernidade tenta gritar mais alto, em tempos que o capitalismo tenta ditar o ritmo de vida da maior parte da população, pelo fast food e pela industrialização, percebi um movimento muito particular de um número considerável de pessoas, e meu também, em busca das lembranças em forma de sabores que não encontramos mais no nosso dia a dia.
Num momento em que se vangloria a alta cozinha, as técnicas rebuscadas e as harmonizações mais inusitadas determinadas pelos ‘grandes chefs’ midiáticos: um fluxo de retomada para redescobrir sabores que não são encontrados nas receitas compartilhadas pela internet, foi necessário para que conexões sejam restabelecidas com um passado, histórias e culturas.
E foi com esse sentimento, de ir em busca do redescobrir a cozinha, reviver as memórias e sentir pertencente às nossas raízes, junto com a Gabrielle Ferreira do @ReporterGourmet, traçamos uma pauta em busca de doces e sobremesas, que até hoje mexem com as lembranças afetivas dos baianos e dos mais chegados.
Pelas ruas de Salvador e região, resgatamos preparações que fazem parte das lembranças dos soteropolitanos. Pedimos também para amigos cozinheiros compartilharem as sobremesas e doces afetivos.
A nossa série está dividida em quatro momentos, que serão publicados às segundas e quintas-feiras. Entre os lugares que visitamos há confeitarias e padarias antigas da capital baiana, como a Savoy, Bola Verde e Paris, além de provarmos os quitutes de uma das baianas mais antigas da Estrada do Coco.
Batemos um papo com as chefs Karine Poggio (Restaurante Coentro); Rosa Guerra e seu filho Gabriel Guerra (Restaurante Larriquerrí) e o confeiteiro Tomás Villarpando (Açucareiro).
Convidamos você à caminhar com a gente pelas memórias mais açucaradas das ruas de nossa cidade: Salvador – e poder reviver o que antes ficou lá atrás.
*Foto destaque: Cavaco com Baba de Moça por Rosa Guerra do Restaurante Larriquerri. Click: Gabrielle Ferreira/ Repórter Gourmet.
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